Wednesday, October 18, 2006

PPP, Didática e Currículo
ATIVIDADE 4

No encontro dos textos lidos com a realidade nas escolas públicas, vejo como é grande o abismo que separa a prática da política burocrática em que se encontra hoje nossa educação.
A postura que é exigida hoje do professor pela parte burocrática, entidades de ensino e métodos prontos, é bem diferente das propostas pedagógicas e estudos atuai que valorizam a característica cultural e psicológica do aluno.
Existe a parte básica da educação, onde há conteúdos obrigatórios no qual temos que cumprir. Veja, não sou contra, mas a verdade que vejo em sala de aula é que nem sempre o tempo exigido é suficiente para poder desenvolver com os alunos, todos os conteúdos, datas comemorativas, projetos, trabalhar a parte crítica, desenvolver todas as propostas que desejamos alcançar com a criança. Não é só questão de tempo, mas também do tempo que o aluno precisa para assimilar todas as idéias inseridas no ambiente escolar.
A cada ano temos uma nova equipe, alunos e professor, vejo as diferenças entre elas e a desilusão de não conseguir alcançar a todos.
No ano passado tive uma experiência frustrante. Iniciei o ano letivo com determinada interpretação de problemas matemáticos e terminei o ano, sem que a maioria dos alunos não conseguisse localizar a resolução problemática com suas próprias idéias. Tentei várias formas ... resolução por desenho, levar para a forma mais concreta possível da realidade deles. Procurei, pesquisei formas e formas de mostrar como fazer uma investigação problemática ... nada! Cálculos? Sabem fazer muito bem, mas como chegar a eles através de uma interpretação? Na minha opinião, o cálculo tornou-se um ato mecânico, que vem sendo ensinado desde as primeiras séries. Os professores se prendem ao algoritmo, prendendo muito a criança. O aluno recebe tudo pronto, não precisa descobrir nada.
Peça para uma criança para resolver um problema matemático através de desenho, e ela vai te perguntar que continha ela deve fazer para resolver o problema.
Se na vida matemática, onde a criança vivencia a cada dia há esses tipos de dificuldades imagina a apreensão crítica da realidade dela. Será que há uma conscientização do meio? Não pretendo generalizar, muitos professores propões práticas diferenciadas e adaptadas a realidade do aluno, não com a intenção de uma educação simplória, mas com o intuito de desenvolver indivíduos críticos e conscientes.
A teoria e a prática pedagógica como sempre se chocam, a educação para a grande massa educacional deve ser diferenciada sim, mas não como repreensiva e minimizada ou discriminativa, e sim desenvolver o indivíduo como um todo, para poder competir em uma sociedade tão injusta. As escolas populares na maioria são muito precárias, os recursos físicos, materiais, profissionais para o auxílio pedagógico são muito escassos. Juntando com as práticas e as bases pedagógicas prontas, formam indivíduos oprimidos e alienados na sociedade.
O mais crucial é ver essa mentalidade passar de geração à geração, pais introduzirem nos filhos o sentimento de inferioridade e incapacidade, o que dificulta muito o aprendizado e o senso de reflexão e criticidade do mundo. Dessa forma fica difícil sermos "intelectuais transformadores".

1 comment:

Marli said...

Olá amiga ,seu texto ficou muito bom.